Domingo, 17 de Maio de 2009

Capítulos 30 e 31 - Crime ou acto de amor?

Olá.

 

Não, não estou propriamente feliz por as leitoras que liam a minha fic terem desaparecido mas paciência, c'est la vie.

 

Aqui ficam mais 2 capítulos :)

 

Kiss ^^

 


 

Depois aconteceu tudo tão rápido. A chegada da ambulância, Natalie a ser deitada na maca e levada, ainda sem sentidos. Bill a entrar na ambulância sempre a agarrar a mão de Natalie. A chegada ao hospital. O momento em que Bill se viu obrigado a deixá-la ir, sem que pudesse acompanhá-la. A chamada em desespero que fez para Tom para avisar que ia chegar um pouco mais tarde a casa. Apenas um pouco. Chamada essa que acabou por resultar na ida de Tom para o hospital também.
 
- Tom… eu… vou chegar… um bocado mais tarde… a casa – era interrompido por soluços involuntários.
- «Bill! O que se passa?!»– até mesmo qualquer desconhecido teria percebido o desespero e descontrolo na voz de Bill.
- Nada, apenas… vou chegar… mais tarde.
- «BILL! Não me enganes! Eu vou já para aí! Onde estás?»
 
Estava no hospital. Na cadeira da sala de espera. Era lá que estava. Mal Tom chegou correu na sua direcção. Queria saber tudo mas Bill não conseguia articular uma palavra. Apenas o abraçou. Aquele abraço reconfortante que Bill há tanto tempo esperava e do qual tanto necessitava foi desvalorizado, quase desapercebido, na altura. Se tivesse sido noutro momento teria dado a sua vida naquele abraço. Mas não naquela. Porque não conseguia sequer raciocinar logicamente.
 
A entrada do médico. A notícia que o destruiu. A impossibilidade de solução para aquilo. Destruiu tudo. Já não havia razão agora. Mas Tom estava ali a seu lado, o seu irmão, Tom, estava ali. Apesar de tudo foi ele que conseguiu dar algum sentido àquilo.
 
A primeira vez que a pode ver depois daquilo. Foi dos momentos mais duros que teve de enfrentar. Vê-la ali naquela cama. Naquela cama à qual ficaria presa para sempre. Para sempre! O tempo que eles ficariam juntos, para sempre, era o mesmo que ele ficaria acamada. Para sempre! Não conseguia suportar, tolerar sequer, tal dor. Havia ainda aquela máscara, o seu meio de respiração. Nunca mais poderia respirar sozinha! Respirar, aquilo que já fazemos de modo tão natural, até respirar, a base da vida, ela estava impossibilitada de fazer sem a “companhia” de um objecto. A vida de Natalie acabara naquele momento e Bill soube-o imediatamente, no segundo em que a viu assim.
 
 

 
Os olhos de Bill eram o que estava em pior estado. Inchados e vermelhos de chorar incessantemente e negros das olheiras por não dormir.
 
- Natalie… Eu vou fazer tudo, mas tudo. Tu vais sair daí. Vais sair.
- Bill, não me mintas, não me enganes por favor. Eu sei de tudo. Eu sei que nunca mais vou sair daqui. Eu nunca mais vou mexer-me. NUNCA MAIS!
Choraram juntos, sofreram juntos. Sempre juntos.
 
Acontecera tudo tão rápido. As duas semanas que ali passara aconteceram tão rápido. Bill não se lembrava de tudo. Havia fragmentos da memória daquelas duas semanas que desapareceram. Lembra-se de Tom estar com ele, da notícia do médico, da primeira e de todas as vezes que esteve com Natalie, de Martha ter ido lá, de Tom se ter encarregue de tomar conta dela, de Georg e Gustav terem lá ido, de ter sido aconselhado a ir para casa, de não ter saído dali por um único minuto, em duas semanas. O tempo desvanecera-se para ele, já não tinha noção. Podia facilmente confundir um dia com as duas semanas que passara sem tomar banho, praticamente sem comer, apenas o que Tom o obrigava, quase sem dormir. Poderia ter sido um dia. Mas foram 2 semanas. Podia parecer doentio, mas não era. Todos os dias passava o máximo de tempo que lhe era permitido com ela. Todos os dias falava com o médico na réstia de esperança de ouvir que um dia, ela poderia sair dali. Mas iludia-se. Não podia.
 
- Bom dia, meu amor.
- Bom dia Bill.
- Como estás hoje?
- Igual a todos os dias. Bill, o Tom veio cá falar comigo…
- O Tom?
- Sim, o teu irmão. Ele disse-me o que tens feito. Que não saíste daqui, não comes, não dormes.
- Que parvo, ele não devia ter vindo preocupar-te.
- Ele veio avisar-me, mas sim, preocupou-me. Não continues a fazer isso! Por favor!
- Mas eu…
- Fazes uma coisa por mim?
- Tudo.
- Vai para casa hoje. Come, dorme a noite toda e mais o tempo que precisares. Se não vieres amanhã não faz mal, a sério. A Martha vem todos os dias com o Tom. Ela faz-me companhia.
- Eu vou. Porque me pediste. Mas amanhã venho.
- Não precisas. O teu irmão tem sido espectacular em ter tomado conta dela. E trá-la cá todos os dias.
- Eu sei, ele tem-me ajudado muito. Devia ser eu a encarregar-me dela. Desculpa! Sou um inútil. Não consigo. Para além de não ter tomado conta de ti nem tomo conta dela. A culpa é toda minha!
- Bill! Não digas isso. Nunca mais. A culpa não é tua! Não é de ninguém mas se tivermos de a atribuir a alguém nunca será a ti! Nunca! Tu salvaste-me. Se não fosses tu eu podia… Eu podia…
- Desculpa.
- Por quê?
- Por não ter conseguido fazer mais nada.
- Não podias ter feito mais nada. Não te martirizes. Acredita. Tu fizeste tudo.
 
música: Geek in the Pink - Jason Mraz
sinto-me: viciada

publicado por ourfanfiction às 15:21
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De Melancia a 17 de Maio de 2009 às 17:10
AMEI! OH meu deus, estes sim sao os capitulos que me fazem pensar duas vezes antes de agir! Obrigadaaaa a serio! Eu n consigo dizer mais nada, pq o sentimento voltou! N sei como articular as palavras porque elas n saem de facto! Todos os capitulos possuem algo de especial, embora estes ultimos me tenham tocado mais, no geral agradeco te por tudo! Obrigada...

küss


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